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Maria Montessori, uma feminista

Para quem ainda não sabe, nossa querida e admirada Maria Montessori, não dedicou seu trabalho somente às crianças , mas também a condição da mulher na sociedade.

Montessori também ia as casas, falava com as famílias dos seus protegidos, orientava com relação à saúde, higiene, alimentação e claro, não lhe fugia aos olhos a condição e o papel da mulher de sua época. Reconhecida também como feminista, a doutora levava seu público à reflexão em seus cursos e palestras a situação da mulher de seu tempo.

Em uma conferência em 1913 Montessori faz um paralelo entre a posição da criança e da mulher na sociedade, concluindo que ambas eram oprimidas.

Se os pais argumentavam que não poderia haver opressão dado o amor e o cuidado que eles dedicavam às suas crianças,

Montessori explicou que de acordo com a experiência, via-se que somente o amor não resolvia o problema da sociedade. Por exemplo, as mulheres também eram amadas e no entanto havia toda uma história de opressão contra as mulheres.

“…eu argumento que as crianças vivem oprimidas na nossa sociedade de hoje. Semelhante a opressão da mulher, nós nos referimos a essa questão como um todo e não como uma questão particular.”

(Montessori, 2013, S. 2013).26)

Montessori plediava por uma educação de liberdade e responsabilidade, que somente seria possível com o respectivo apoio de toda a sociedade. Para isso era imprescndível a reflexão e a luta pelos direitos da mulher na nossa sociedade.

Fonte: Montessori, M (2013) – Palestras de Roma 1913 – Primeiro Curso Internacional em Amsterdã: Montessori-Pierson Verlagsgesellschaft

Simone Clemens, pedagoga montessoriana, especialista em talento/Superdotação, fundadora da EducarSi – Alemanha

2 respostas em “Maria Montessori, uma feminista”

Isso ela falava em 1913. E pensar que ainda é tão presente na realidade das cidades onde já passei, aqui em Pernambuco e em João Pessoa, quiçá no Brasil! Temos muito que progredir. Ótimo artigo, consegue contribuir para uma reflexão, um debate.

Da mesma opinião Anderson, tanto tempo e estamos na mesma pauta. Mas não nos esqueçamos de todos que lutaram até aqui para que um mínimo de progresso haja havido. Agora cabe a nós sempre um passo mais à frente.
Sim, abre uma pauta para debate

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